A descrição de "A Família Goode" é convidativa: uma debochada série animada que ironiza a vida de um lar politicamente correto (e, em sintonia com os tempos atuais, ecologicamente correto), criada por uma trinca de artistas que inclui Mike Judge.
Ora, de deboche e de ironizar famílias, Judge já deu provas de que entende --vide suas célebres criações, "Beavis e Butt-Head" e "O Rei do Pedaço".
Só que "A Família Goode", que estreia amanhã no canal pago GNT, está muito aquém de seu potencial e igualmente distante da qualidade dos desenhos anteriores de Judge.
Não é fácil apontar exatamente por que a série não funciona, já que os elementos estão todos lá: a parte técnica de animação mistura estilos e é bem razoável; o roteiro capta corretamente as obsessões e incoerências da classe média (norte-americana, é claro) ecologicamente consciente.
Só que nada disso tem graça. Os Goodes são estereótipos risíveis --o pai trabalha em uma universidade comunitária, a mãe é ativista, há um filho adotivo africano (só que sul-africano e branco, haha), o cachorro se chama Che--, mas não têm um pingo de graça.
Não admira a série ter sido cancelada logo após sua primeira temporada nos EUA, por baixa audiência. Os Goodes não chegam aos pés dos Simpsons ou dos Griffins (do hit "Uma Família da Pesada").
A FAMÍLIA GOODE
Quando: amanhã, às 23h45, no GNT
Classificação: não informada
Avaliação: ruim
Folha On-line
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
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